10 outubro 2017

O ateu já precisou do Senhor, e o silêncio tocou sua pouca fé




O silêncio de Deus mexe com o homem de pouca fé, é por isso que acho que o ateu em algum momento precisou de Deus e por algum motivo o Seu  silêncio o tocou.

 Refliti nisso esta semana,  qunado estudei um pouco mais sobre Corior e sobre as coisas que ele andou fazendo. Ele ensinava que
                                             “não podeis saber de coisas que não vedes”,

 a mesma filosofia que diz que todas as ideias e conhecimento vêm da experiência e que só sabemos as coisas que experimentamos por meio de nossos sentidos: a visão, o olfato, o tato, a audição ou o paladar.
 O Presidente Boyd K. Packer, contou algo que lhe aconteceu antes de ser autoridade geral, e testificou que as questões espirituais normalmente não incluem esses cinco sentidos:

“Sentei-me num avião ao lado de um ateu convicto que insistiu tanto em sua descrença em Deus que prestei meu testemunho para ele. ‘Você está errado’, disse eu. ‘Deus existe. Eu sei que Ele vive!’
Ele protestou: ‘Você não sabe. Ninguém sabe! É impossível você saber!"
Como eu não cedia, o ateu, que era advogado, fez talvez a pergunta mais crucial acerca do testemunho: 'Está bem’, disse ele, de modo irônico e condescendente: ‘Você diz que sabe. Então me diga como é que você sabe disso’.
Quando tentei responder, mesmo tendo diplomas universitários, não consegui comunicar o que sentia.
Às vezes, alguns de vocês ficam envergonhados quando os cínicos, os céticos, os tratam com desprezo por não terem respostas para tudo. Diante dessa zombaria, alguns fogem envergonhados. (Lembram-se da barra de ferro, do grande e espaçoso edifício e das zombarias?)
Quando usei as palavras Espírito e testemunho, o ateu respondeu: ‘Não sei do que você está falando’. As palavras oração, discernimento e fé eram igualmente sem sentido para ele. ‘Está vendo?’, disse ele. ‘Na verdade, você não sabe. Se soubesse, seria capaz de me dizer como você sabe’.
Senti que talvez tivesse prestado insensatemente meu testemunho a ele e não sabia o que fazer. Então veio a inspiração! Tive uma ideia, e menciono aqui uma declaração do Profeta Joseph Smith:

 ‘Podeis beneficiar-vos, percebendo os primeiros sinais do Espírito de revelação. Por exemplo, quando sentis que a inteligência pura flui para vós, podereis, repentinamente, ser despertados por uma corrente de ideias (…) e assim, por conhecer e aceitar o Espírito de Deus, podereis crescer no princípio da revelação até que chegueis a ser perfeitos em Cristo Jesus'.

Uma ideia assim me veio à mente, e eu disse ao ateu: ‘Quero fazer-lhe uma pergunta: Você sabe que gosto tem o sal?’
‘É claro que sei’, foi sua resposta.
‘Você só acha que sabe qual é o gosto do sal’, disse eu.
Ele insistiu e disse: ‘Sei perfeitamente bem que gosto tem o sal’.
‘Se eu lhe desse uma xícara com sal e uma xícara com açúcar e você provasse das duas, saberia a diferença entre o sal e o açúcar?’
‘Agora você já está passando da conta’, respondeu ele. ‘É claro que eu saberia a diferença. Conheço o gosto do sal. Uso sal todos os dias, sei perfeitamente bem que gosto ele tem.’
‘Então’, disse eu, ‘supondo que eu nunca tenha experimentado sal, explique-me exatamente que gosto ele tem’.
Depois de pensar um pouco, ele disse: ‘Ora, bem, não é doce nem amargo’.
'Você me disse o que ele não é, e não o que ele é’.
Depois de várias tentativas, evidentemente ele não conseguiu fazê-lo. Não conseguiu transmitir-me só com palavras uma experiência tão comum como sentir o gosto do sal. Prestei-lhe novamente meu testemunho, dizendo:
‘Sei que Deus existe. Você ridicularizou meu testemunho dizendo que se eu soubesse mesmo, seria capaz de dizer-lhe exatamente como sei. Meu amigo, falando espiritualmente, experimentei o sal. Não consigo transmitir a você com palavras como consegui esse conhecimento, da mesma forma que você não consegue me dizer que gosto tem o sal. Mas digo-lhe novamente que Deus existe! Ele vive! E só porque você não sabe disso, não queira me dizer que eu não sei, porque eu sei!
Quando nos separamos, eu o ouvi resmungar baixinho: ‘Não preciso de sua religião! Não preciso nem um pouco!’

A partir dessa experiência, o Elder Packer diz que ele nunca mais ficou embaraçado ou envergonhado por não conseguir explicar somente com palavras tudo que sabia espiritualmente’.

Acreditamos em revelação nos dias atuais. Sabemos que Deus responde a todos os homens, ao seu devido modo e no seu devido tempo. Então, com todas  essas verdades e tambem muitos exemplos  e  experiência do decorrer das décadas, fortalece ainda mais minha crença de que o homem de pouca fé buscou ao Senhor e lhe pediu respostas, e ao não obter Sua resposta no momento esperado nem da forma que ele presumia, isso mexeu com sua pouca fé.

O  ateu já precisou do Senhor e o Seu silêncio tocou sua pouca fé.