24 abril 2016

Vamos salvar nossa família

"Em muitas sociedades no mundo inteiro, tudo parece ser descartável. Assim que algo começa a ficar gasto ou a quebrar, ou mesmo quando simplesmente nos cansamos dele, nós o jogamos fora e o substituímos por algo mais atualizado, mais novo ou mais brilhante.
Fazemos isso com celulares, roupas, carros — e, tragicamente, até com relacionamentos.
Embora possa ser útil livrar-nos de coisas materiais das quais já não necessitamos, no tocante a coisas de importância eterna — nosso casamento, nossa família e nossos valores —, a mentalidade de substituir o original pelo moderno pode resultar em profundo remorso.
As famílias não foram constituídas apenas para facilitar as coisas na Terra e para serem descartadas quando formos para o céu. Em vez disso, são a ordem do céu. São o eco de um padrão celestial, e o exemplo da família eterna de Deus.
Mas um casamento e um relacionamento familiar fortes não acontecem simplesmente por sermos membros da Igreja. Isso exige esforço e trabalho constante e intencional. A doutrina das famílias eternas deve inspirar-nos a dedicar-nos ao máximo para salvar e enriquecer nosso casamento e nossa família. Admiro e aplaudo os que preservaram e nutriram esse relacionamento essencial e eterno.
Nunca conheci ninguém que, ao fitar os olhos do outro no altar, achasse que o casamento terminaria em divórcio ou sofrimento.
Infelizmente, isso acontece.
De alguma forma, à medida que os dias se multiplicam e a cor do amor romântico muda, há alguns que lentamente param de pensar na felicidade um do outro e começam a notar pequenos defeitos. Nesse ambiente, alguns são instigados pela trágica conclusão de que seu cônjuge não é inteligente, ou divertido, ou jovem o suficiente. E, de alguma forma, eles compram a ideia de que isso lhes dá justificativa para começarem a procurar outro relacionamento.
(...) se isso chega perto de descrever sua situação, peço encarecidamente que parem agora, deem a volta e retornem ao caminho seguro da integridade e da lealdade aos convênios.
Agora, apenas uma palavra para vocês, nossos irmãos solteiros, que seguem a falsa noção de que precisam primeiro encontrar a “mulher perfeita” antes de começarem a namorar sério ou de se casarem.
Meus amados irmãos, quero lembrá-los de que, se houvesse uma mulher perfeita, acham realmente que ela estaria interessada em vocês?
No plano de felicidade estabelecido por Deus, não devemos procurar alguém perfeito, mas uma pessoa com quem, ao longo de toda uma vida, possamos nos esforçar juntos para criar um relacionamento amoroso, duradouro e mais perfeito. Essa é a meta.
Irmãos, aqueles que salvam seu casamento entendem que essa busca exige tempo, paciência e, acima de tudo, as bênçãos da Expiação de Jesus Cristo. Exige que sejam longânimes, que sejam bondosos, que não invejem, que não busquem seus próprios interesses, que não sejam facilmente provocados, que não pensem mal e que se regozijem na verdade. Em outras palavras, exige caridade, o puro amor de Cristo.1
Tudo isso não acontece num instante. Os casamentos excelentes são edificados tijolo por tijolo, dia após dia, ao longo de toda uma vida.
E essas são boas notícias.
Porque, não importa o quanto seu relacionamento seja monótono no presente, se continuar acrescentando cristais de bondade, compaixão, atenção, sacrifício, compreensão e abnegação, no final uma poderosa pirâmide começará a ser erguida.
Pode parecer que vai levar uma eternidade, mas lembrem-se de que o casamento é para durar para sempre! “Portanto, não vos canseis de fazer o bem, porque estais lançando o alicerce de [um grande casamento]. E de pequenas coisas provém aquilo que é grande.”
Pode ser um trabalho gradual, mas não tem que ser triste. De fato, correndo o risco de afirmar o óbvio, o divórcio raramente acontece quando marido e mulher são felizes.
Então sejam felizes!
E irmãos, surpreendam sua mulher fazendo coisas que a deixem feliz.
Aqueles que salvam seu casamento escolhem a felicidade. Gosto muito deste sábio comentário de Abraham Lincoln: “A maioria das pessoas é tão feliz quanto decide que vai ser”. Isso se encaixa muito bem com esta escritura complementar: “Buscai, e encontrareis”.
Se procurarmos imperfeições em nosso cônjuge ou irritações em nosso casamento, sem dúvida as encontraremos, porque todos as têm. Por outro lado, se procurarmos o que há de bom, sem dúvida encontraremos, porque todos têm muitas qualidades também.
Aqueles que salvam o casamento descartam as ervas daninhas e regam as flores. Comemoram os pequenos atos de bondade que suscitam ternos sentimentos de caridade. Aqueles que salvam casamentos salvam gerações futuras.
Irmãos, lembrem-se do motivo por que se apaixonaram.
Esforcem-se a cada dia para tornar seu casamento mais forte e mais feliz.
Meus queridos amigos, façamos o nosso melhor para sermos contados entre aquelas almas santificadas e felizes que salvam seu casamento.
Por mais maravilhoso que seja o fato de esta Igreja ser conhecida por suas famílias fortes, com frequência sentimos que isso deve se aplicar a todas as outras famílias de santos dos últimos dias, exceto a nossa. Mas a realidade é que não há famílias perfeitas.
Toda família tem momentos de dificuldades.
As famílias são assim.
Podemos compartilhar o mesmo conjunto de genes, mas não somos iguais uns aos outros. Temos um espírito singular. Somos influenciados por nossas experiências de maneiras diferentes. E como resultado cada um de nós é diferente.
Em vez de tentar forçar todos a adequar-se a um molde que criamos, podemos comemorar essas diferenças e valorizá-las por acrescentarem valor e surpresas constantes a nossa vida.
Às vezes, porém, nossos familiares fazem escolhas ou coisas que são irrefletidas, ofensivas ou imorais. O que devemos fazer nesses casos?
Não há uma solução que cubra todas as situações. Aqueles que salvam sua família são bem-sucedidos porque se aconselham com o cônjuge e com os familiares, buscam conhecer a vontade do Senhor e ouvem os sussurros do Espírito Santo. Sabem que o que é certo para uma família pode não ser para outra.
No entanto, há uma coisa que é certa em todos os casos.
Sejam quais forem os problemas que sua família esteja enfrentando, seja o que for que você precisa fazer para solucioná-los, o princípio e o fim da solução é a caridade, o puro amor de Cristo. Sem esse amor, até as famílias aparentemente perfeitas enfrentam dificuldades. Com ele, até as famílias com muitos problemas têm sucesso.
Isso é verdade para salvar casamentos! Isso é verdade para salvar famílias!
O Orgulho é um dos maiores motivos pelos quais os casamentos e as famílias enfrentam dificuldades. O orgulho se irrita facilmente, é rude e invejoso. O orgulho exagera sua própria força e ignora as virtudes dos outros. O orgulho é egoísta e facilmente provocado. O orgulho suspeita de más intenções onde elas não existem e esconde suas próprias fraquezas sob pretextos falsos. O orgulho é cínico, pessimista, zangado e impaciente. De fato, se a caridade é o puro amor de Cristo, então o orgulho é a característica marcante de Satanás.
A vida é curta, o remorso pode durar muito tempo — algumas vezes ele tem repercussões que ecoam por toda a eternidade.
O modo como tratam sua esposa, seus filhos, seus pais ou seus irmãos pode influenciar as próximas gerações.
Todos precisamos lembrar que “o juízo virá sem misericórdia sobre aquele que não usou de misericórdia”.
Peço que, pelo bem de seus relacionamentos familiares, pelo bem de sua alma, por favor, sejam misericordiosos, porque “a misericórdia triunfa sobre o juízo”.
Deixem o orgulho de lado.
Pedir perdão sinceramente a seus filhos, sua esposa, sua família ou seus amigos não é um sinal de fraqueza, mas, sim, de força. Será que estar certo é mais importante do que promover um ambiente de crescimento, cura e amor?
Construam pontes, não as destruam.
Mesmo que não seja sua culpa — talvez especialmente quando a culpa não for sua —, deixem que o amor vença o orgulho.
Se fizerem isso, sejam quais forem as adversidades que enfrentarem, elas vão passar e, graças ao amor de Deus em seu coração, as contendas. Todos podemos ser salvadores de famílias fortes".
- Presidente Dieter Uchtdorf

04 abril 2016

A jarra cheia de pedras

Um professor de filosofia ficou parado diante de sua turma com alguns itens sobre sua mesa. Quando a aula começou, ele pegou uma grande jarra vazia e a encheu com pedras.
Ele então perguntou aos alunos se a jarra estava cheia... Eles concordaram que estava.
O professor pegou uma caixa de pedrinhas e as colocou dentro do frasco. Ele a agitou levemente. As pedrinhas se misturaram com as pedras.
Ele então perguntou novamente se a jarra estava cheia... Eles concordaram que estava.

O professor pegou uma caixa com areia e a despejou dentro da jarra. A areia preencheu o restante das áreas vazias da jarra. Ele perguntou novamente aos alunos se a jarra estava cheia... Eles responderam com um unânime “sim”.
“Agora,” disse o professor, “eu quero vocês percebam que essa jarra representa a vida.

As pedras são as coisas importantes... sua família, seu parceiro, sua saúde, seus filhos... Coisas que, se todo o resto estivesse perdido e elas permaneceram... sua vida ainda estaria cheia.
As pedrinhas são as outras coisas que importam – como seu trabalho, sua casa, seu carro.
A areia é todo o resto... as coisas pequenas.”
“Se você primeiro colocar a areia na jarra, não haverá espaço para as pedrinhas e as pedras.”

O mesmo vale para sua vida... Se você gastar todo o seutempo e energia com coisas pequenas, nunca terá espaço para as coisas que são realmente importantes para você.
Preste atenção nas coisas que são importantes para a
sua felicidade.
Cuide primeiro das pedras... das coisas que
realmente importam.
Defina suas prioridades... O resto é apenas areia.